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A Comedora-de-caracóis-de-Iwasaki (e a retaliação dos caracóis)

  • Foto do escritor: João Miranda Rosa
    João Miranda Rosa
  • 7 de nov. de 2015
  • 1 min de leitura

Pareas iwasakii | Fotografia de Masaki Hoso

Endémica da ilha de Yaeyama, no sul do Japão, esta serpente alimenta-se exclusivamente de caracóis. A sua mandíbula é assimétrica para que se possa adaptar à curvatura da concha dos moluscos, facilitando assim a ingestão destes.


Crânio assimétrico de P. iwasakii

Em contrapartida, essa mesma assimetria impossibilita que estas se consigam alimentar de caracóis com concha em espiral no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio. Em resposta a esta pressão evolutiva causada pelas cobras, diversas espécies de caracóis adquiriram conchas deste tipo, representando cerca 12% de todos os géneros de gastrópode em zonas onde estão sujeitas à predação por parte destes colubrídeos, ao passo que em zonas onde estas não ocorrem, correspondem apenas a 5%.

Esta estratégia acarreta uma inconveniência para os caracóis: a parte volumosa da concha passa a encontrar-se do lado dos órgãos reprodutores, dificultando assim a cópula.

Investigadores descobriram que a taxa de sobrevivência dos caracóis com concha em espiral no sentido dos ponteiros do relógio após contacto com uma Pareas iwasakii é de 0%, ao passo que quando se trata dos outros caracóis, a taxa é de 87,5%.

Veja o vídeo:


 
 
 

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